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Quando novo via filmes como o 2001 Odisseia no Espaço e imaginava que quando tivesse a idade que tenho agora não haveriam conflitos armados nem fome no planeta; que a natureza estaria protegida e que o homem colonizasse as galáxias mais próximas. Imaginava e ainda imagino. Um mundo sem desperdício ou poluição. Um planeta altamente tecnológico e igualitário. Uma civilização humana unida e em simbiose com a Natureza e o planeta onde todos vivemos. 

Chegou o presente e o meu futuro não está cá. Apenas encontro ganancia ecológica e lucro, desigualdades sociais, especismo, devastação ambiental mas acima de tudo... estagnação social.

Onde está a tecnologia que pode alimentar todos os seres humanos? Onde estão as ferramentas que irão construir as habitações, as escolas, os laboratórios e as naves espaciais?

Onde estão as energias renováveis e eficientes que possam impulsionar a humanidade durante milénios?

E como está a biodiversidade deste planeta preservada e monitorizada para fins de simbiose total com o universo?

Ela está aqui, à frente dos meus olhos turvos pela poluição, devastação ambiental, sofrimento humano e idiotice da sociedade em que vivemos.

Vejo que temos os recursos e as tecnologias necessárias para tornar este planeta num paraíso para todos, sejam energias renováveis, sistemas de cultivo e alimentação suficientes para serem fornecidas a todos os seres humanos. Vejo o planeta rico em biodiversidade, em maravilhas da natureza e do ser humano, em ferramentas e tecnologias que acreditámos em tempo nem sequer serm possíveis.

É clara a necessidade do homem utilizar a tecnologia para facilitar sua vida. Na sociedade actual, o homem desgasta-se absurdamente, seja física ou mentalmente para sobreviver neste mundo. Retornamos literalmente aos primórdios de sua existência. 

Com a utilização da tecnologia o homem é capaz, não mais depender das condições do sistema, mas somente dele próprio e dos seus semelhantes.

A tecnologia, inteligente e eficientemente aplicada, economiza energia, reduz o desperdício e proporciona mais tempo livre. Tal como uma gestão de recursos global e eficiente. Com um inventário automatizado a escala global dos recursos e da biodiversidade do planeta mantemos um equilíbrio entre a produção e a distribuição, entre a preservação e a reparação ambiental.

A sociedade moderna tem acesso a tecnologias de ponta e pode disponibilizar comida, roupa, alojamento e assistência médica, pode actualizar o nosso sistema de educação, e desenvolver um fornecimento ilimitado de energia renovável e não-poluente. Desta forma fornecemos um modelo de uma economia eficiente onde todos podem desfrutar de um elevadíssimo padrão de vida com todas as vantagens de uma sociedade altamente tecnológica. 

O planeta necessita de uma forma inteligente de gestão dos recursos naturais e de uma padronização da qualidade de vida para todos os humanos. E é por isso que chegamos ao conceito de economia baseada nos recursos em sentido amplo, um sistema económico e social onde todos os bens e serviços estão disponíveis sem necessidade de recorrer ao uso de dinheiro, crédito, caridade ou qualquer outro sistema de débito ou servidão. Todos os recursos são uma herança comum de todos os habitantes e não de apenas uns poucos seleccionados como actualmente.

A premissa base deste sistema é de que a Terra é abundante em recursos, no entanto a nossa prática de racionamento de recursos através de métodos monetários é irrelevante e contraprodutiva à nossa sobrevivência.

Uma economia baseada em recursos pressupõe a aplicação do Método Científico na organização societária. Uma abordagem inteligente, massiva e eficiente aos problemas que enfrentamos não só como espécie mas também como planeta. 

Este sistema é um sistema social baseado nos  recursos onde o homem o homem ver-se-á livre de todos esses trabalhos inúteis que seja por meio da tecnologia, ou pela inteligência artificial, a humanidade terá uma nova perspectiva pela frente. Podendo dedicar-se somente ao crescimento intelectual, aprendendo sobre a História, sobre o seu próprio pensamento, e sobre sua produção cultural e material, o ser humano poderia ser verdadeiramente feliz. Com isso haveria uma evolução no conhecimento e onde todos terão acesso ao mesmo. Tal cultura de conhecimento teria por princípio a livre iniciativa, onde o homem buscaria compreender aquilo que o atrai, levando-o cada vez mais a compreender-se a si mesmo e ao seu ambiente. Da mesma forma, o homem vive em fim em paz, sem conflitos, sem problemas, nem preocupações, podendo dedicar-se às suas relações sociais assim como seu crescimento intelectual.

Uma economia baseada nos recursos, será que estou a sonhar?

Visite o site do Projecto Vénus e da nossa Associação para a Economia Baseada nos Recursos para mais informação.

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