O sistema de livre-comércio realmente cria incentivo, no entanto ele também fomenta a corrupção, o roubo e a cobiça. Nosso objectivo é encorajar um novo sistema de incentivo não mais centralizado em objectivos como o acumular de riquezas, propriedades e poder. Hoje, barreiras financeiras colocam enormes limitações em inovação, criatividade individual e incentivos pessoais. No Projecto Vénus, dinheiro não será necessário para ajudar alguém a criar ou realizar algo, pois instalações serão feitas para atender as necessidades de todos. Nós defendemos que todas as pessoas tenham acesso a todos os produtos e serviços, cuidados médicos, educação, abrigo, alimentos etc.
Não é o bastante prover as necessidades da vida apenas. Sentimos que nossas propostas irão gerar um novo sistema de incentivo. Seres humanos precisam de desafios para que possam evoluir intelectualmente e manter um alto nível de curiosidade, tal como uma necessidade de superar carências. O tipo de educação que defendemos é o uso inteligente dos recursos existentes e a protecção do meio ambiente.
O pior do sistema de livre comércio é o desperdício de vida humanas – jovens atrás de balcões em lojas esperando por uma venda, homens e mulheres trabalhando em indústrias usando o mínimo de suas capacidades mentais. Nas escolas do futuro as pessoas irão aprender como relacionar-se com outros de maneira inteligente, cooperar e compartilhar ideias que ajudem a tornar o mundo um lugar muito melhor e não desperdiçar recursos em guerras e despesas militares.
Se tal conceito o confunde analise o seguinte: quando os estados se uniram as milícias desapareceram das fronteiras e os Americanos estavam livres de disputas territoriais. Este mesmo processo pode ser aplicado globalmente onde todas as ciências e tecnologias são utilizadas para o benefício de todos os habitantes da Terra. Estes conceitos são baseados em anos de dados acumulados. Se falharmos em nosso pensamento e nos conforma com as instituições sociais estabelecidas, outros irão pensar por nós. Ou seja, um real sistema de incentivos, mas não no sentido centralizado e egocêntrico perpectuado pelas nossas instituições alicerçadas no monetarismo.
A pergunta “por que estamos aqui?” é uma questão filosófica que não tem referência. Tentativas têm sido feitas por teólogos para responder a esta questão. Nossa resposta é que estamos aqui como um subproduto da evolução. A resposta científica não é uma questão de “por que estamos aqui”, é “quais são os processos que geram diferentes formas de vida?”. Também discutimos isso no livro “O Melhor que o dinheiro não pode comprar”, por Jacque Fresco, principalmente na página 19 no capítulo “Da Superstição à ciência”. Fomos criados de modo acreditar que as pessoas são inspiradas por recompensas ou dinheiro.
Em essência, todas as pessoas que admiramos no passado, Michelangelo, da Vinci, Bell, os Irmãos Wright, Darwin e muitos outros trabalharam, pois estavam interessados em resolver problemas e nunca direccionados em lucros financeiros. Normalmente pessoas orientadas por dinheiro tornam-se homens de negócio ou correctores; raramente são criativos. Devemos sentir-nos ameaçados por pessoas que sua principal motivação é o ganho financeiro. Por exemplo, nas ilhas do Pacífico Sul os habitantes têm mais do que o necessário em recursos. Apesar de banana, cocos e peixe estarem em abundância, os nativos continuavam a trabalhar construindo equipamentos de navegação, canoas, cabanas e vestimentas. Embora nenhum dinheiro fosse utilizado, o seu incentivo melhorou o padrão de vida.
Nos primórdios da América, um casal poderia construir uma cabana feita de madeira em vários meses. Hoje eles levam 30 anos ou mais para pagar uma casa com os fundos adicionais para banqueiros e outros que realmente não têm nada a ver com a construção da casa.
Se você examinar cuidadosamente as declarações de pessoas que têm acesso a todas as necessidades da vida, você vai descobrir que muitas pessoas ricas não comem 25 refeições por dia. Embora tenham acesso a elas, não acumulam coisas do seu ambiente como centenas de instrumentos musicais e centenas de carros. Não é a disponibilidade de recursos que é preocupante para as pessoas, é a falta de recursos que é responsável pela maioria dos crimes e comportamentos aberrantes.
Considere isso quando poucas nações do mundo controlam a maior parte dos recursos e exploram outras com as suas posições de vantagem diferencial.
Todos da equipa técnica e demais terão acesso a um elevado padrão de vida. O incentivo, que irá animar as pessoas, é o fim da guerra, disputas territoriais, dificuldades económicas, dívidas, bem como a base para a maioria dos crimes, pois eles todos serão eliminados. Nesta nova sociedade, como proposto pelo Projecto Vénus, o ambiente no qual as pessoas crescerem e forem educadas será baseado nos princípios fundamentais da ciência e do conhecimento global da inter-relação entre as pessoas e o ambiente, que sustenta toda a vida.